quarta-feira, 16 de maio de 2012

Prefeitos de MT reivindicam royalties do petróleo em Brasília


Uma comitiva de prefeitos de Mato Grosso participa, em Brasília, da 15ª Marcha em Defesa dos Municípios, que nesta terça-feira (15), contou com a presença da presidente da República, Dilma Rousseff (PT). Os gestores são liderados pelo presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), o prefeito de Acorizal Meraldo Figueiredo Sá (PSD). O evento conta com a participação de representantes de todo o país.
Os gestores cobraram de Dilma a distribuição dos royalties do petróleo entre os municípios. A presidente defendeu empenho e diálogo para resolver a situação sobre o petróleo "Não acreditem que conseguirão resolver a distribuição de hoje para trás, lutem pela distribuição de hoje para a frente”, destacou.

Dilma frisou, ainda, que o governo federal não poupará esforços para construir 6 mil creches até 2014. A presidente disse concordar que há desajustes na relação entre o governo federal e os municípios, mas destacou que o governo sempre fez todo o possível para ampliar a parceria. “Concordo que há desajustes, mas não concordo que o governo federal não tenha feito tudo o que era possível, dada nossa situação, para ampliar a parceria com os municípios”, salientou.
O presidente da AMM, Meraldo Figueiredo Sá, disse que a marcha é um evento de suma importância para os gestores e que é preciso acompanhar de perto as políticas direcionadas pelo Governo Federal e também os projetos de interesse dos municípios que tramitam na Câmara dos Deputados e no Senado. "Esta é uma oportunidade para lutar de forma coletiva pelas reais necessidades dos municípios", alertou.
Meraldo frisou que através do movimento municipalista foi possível a conquista de 1% do FPM, que muito ajuda os prefeitos, notadamente nos gastos com a folha do funcionalismo. Ele afirmou ainda que os gestores têm muitas prioridades a cumprir de acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal.
Em relação às áreas de Saúde, Educação e Transportes, são inúmeras as demandas da população. "É no município que o cidadão vive, não é no Estado ou na União. É na porta do prefeito que ele bate quando as coisas não vão bem. Nós, gestores, temos que socorrer e priorizar as ações”, assinalou.
O presidente da Confederação Nacional dos Municípios, Paulo Ziulkoski, disse que quando se discute o poder local na construção de uma nova realidade é preciso rever a situação dos municípios. Segundo ele, os municípios já alcançaram muitas vitórias com a realização das marchas anualmente em Brasília, mas ainda falta muito.
"Os municípios vivem um estrangulamento e por isso, precisamos rever o pacto federativo. O Governo Federal ainda fica com a maior parte do bolo. Além disso, tem uma dívida social com a população. Ainda temos os mesmos índices na saúde e na educação", alertou.
Ele citou que o programa Saúde da Família não atende as necessidades com a demanda nas cidades. Além disso, os prefeitos têm restos a pagar que ainda não foram devidamente regularizados. Outro ponto destacado foi o piso salarial do magistério. Ziulkoski disse que nenhum município consegue cumprir o piso.
"Não somos contra o piso salarial, mas a realidade dos municípios é bem diferente. E quem não cumpre o piso do magistério é acusado de improbidade administrativa”, afirmou.

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