Numa agenda coincidente, na manhã de ontem, na tradicional Feira do Porto, os candidatos ao governo pelo PDT, senador Pedro Taques e pelo PT, ex-vereador Lúdio Cabral, deixaram evidente o clima de rivalidade que deverá nortear o pleito geral deste ano. Ao visitar o local, Taques e Cabral ficaram próximos, a poucos metros, mas evitaram o contato direto. Nos discursos à imprensa, ambos se “cutucaram” tendo como foco principal a área da saúde. Alvo de críticas do petista que o acusa de ser responsável pelo caos do setor em Cuiabá, por indicações de pedetistas no gerenciamento das ações, Taques revidou: “quem tem que responder pela situação crítica da saúde é ele (Lúdio) que está junto com essa gestão de 12 anos”, respingando sua declaração no PMDB do governador Silval Barbosa, que mantém a vice de Cabral através de Teté Bezerra. Taques chegou ao local por volta das 8h, acompanhado de líderes políticos e candidatos, como o deputado estadual Guilherme Maluf (PSDB). O candidato fez parada em cada uma das bancas, cumprimentando feirantes e aproveitando para perguntar sobre os problemas da cidade. Foi bem recepcionado pela maioria, recebendo afagos de eleitores cativos. O pedetista lembrou que seu programa de governo, registrado junto ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) tem, entre os principais eixos, planejamento para melhoria da qualidade de vida do cidadão. Taques reiterou sua promessa de priorizar setores como a saúde e educação, além da segurança e infraestrutura. Lúdio Cabral também chegou à feira, por volta das 9h, ao lado de apoiadores de campanha e de candidatos, como o ex-secretário de Estado de Administração, Francisco Faiad, uma das apostas do PMDB para a Assembleia Legislativa. Fez questão de alfinetar o adversário presente na ocasião, reafirmando ser o senador um dos maiores culpados pelo que classifica de péssima condução da saúde na Capital. Ele assevera que Taques não teria apresentado, como parlamentar no Congresso Nacional, resultados a contento para o município. De quebra, Cabral frisou que “ele (Pedro Taques) é que precisa explicar, junto com o vice (Carlos Fávaro), a situação drástica da saúde no Estado após a implantação das OSS (Organizações Sociais de Saúde)”. Fávaro pertence ao PP, partido do ex-secretário de Estado de Saúde e ex-deputado federal condenado por episódio do mensalão, Pedro Henry. Os arranhões também atingiram o prefeito Mauro Mendes (PSB), aliado de Taques, que para o candidato petista, não disse a que veio quando o tema é saúde pública.
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