O deputado federal Carlos Bezerra (PMDB) foi o parlamentar da bancada mato-grossense que mais utilizou a Cota para Exercício da Atividade Parlamentar (Ceap), o equivalente, na Câmara Federal, à chamada verba indenizatória. Entre os meses de janeiro a outubro de 2011, o peemedebista gastou um total de R$ 278,9 mil do benefício. A média mensal é de R$ 27,9 mil, quase o limite destinado a cada parlamentar. O valor da Ceap varia de acordo com o estado de origem do deputado, já que dentre os recursos indenizáveis estão inclusas as passagens aéreas que têm preços diferentes de acordo com o destino e origem da partida. No caso da bancada de Mato Grosso, cada parlamentar tem direito a R$ 29.575, 29 por mês.
A verba pode ser acumulada, ou seja, no mês em que o deputado não gastar todo o limite, poderá utilizar a “sobra” posteriormente, até o final do ano. Desta forma, apesar de exceder o valor destinado a cada deputado em alguns meses, nenhum representante mato-grossense chegou a extrapolar sua cota.
Neste quesito, a maior extravagância foi do deputado Homero Pereira (PSD), que somente em fevereiro deste ano, no início de seu segundo mandato, utilizou aproximadamente R$ 62,9 mil da cota em seu gabinete.
Outro caso interessante é o deputado federal Eliene Lima (PSD). Ele começou a atuar nessa legislatura no último dia 26 de outubro. Em 1º de janeiro deste ano, ele foi empossado como secretário de Estado de Ciência e Tecnologia e ficou licenciado da Câmara até o final do mês passado, mas não abriu mão da Ceaps. De janeiro a março, gastou R$ 6,1 mil da verba em ligações telefônicas.
Em seu segundo mandato, Valtenir Pereira (PSB) figura como o segundo mais gastador, consumindo uma média de R$ 26 mil mensais da cota. Roberto Dorner (PSD), que iniciou a vida parlamentar em fevereiro, no lugar do licenciado Pedro Henry (PP), utiliza mensalmente cerca de R$ 24 mil, enquanto Homero e Júlio Campos (DEM), gastam cerca de R$ 21,9 mil por mês.
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