A Ordem dos Advogados do Brasil – seccional de Mato Grosso (OAB-MT) denunciou práticas abusivas que estariam sendo cometidas por instrutores do curso de formação para o Batalhão de Força Tática, ministrado em Várzea Grande. As informações são de que os soldados são obrigados a mastigar um pedaço de carne e a passarem para os alunos subsequentes, sendo que o último da fila deve ingerir a mistura.
A denúncia foi formalizada pela presidente da Comissão de Direitos Humanos (CDH) da OAB, Betsey Polistchuk de Miranda, que encaminhou ofício ao coronel informando o caso nesta segunda-feira (26). Ela disse, segundo a assessoria, ter sido procurada pelos pais de alguns dos alunos do curso de formação da PM.
Além disso, os soldados são colocados em um quarto e submetidos aos efeitos de gás lacrimogêneo e spray de pimenta, sem contar os exercícios que praticam até a exaustão e que começam de manhã mas não tem hora para terminar, além de constantes humilhações por meio de agressões verbais de toda natureza, informou a assessoria da OAB.
“No começo o grupo era composto por 100 alunos e hoje conta com apenas 30. O tenente instrutor deve ter esquecido do que aconteceu em Cáceres e no Lago do Manso. Fora as mortes ocorridas, o que dá medo nos pais é verem seus filhos transformados em criaturas ferozes, pois ensinamentos desta natureza criam seres que desconhecem limites e, via de consequência, acabam por enodoar a farda que vestem”, declarou Betsey de Miranda.
Ainda de acordo com a presidente da CDH, a intenção é requerer providências imediatas visando a cessação de todo e qualquer excesso, bem como das agressões morais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário