O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama) está monitorando a ação de quadrilhas especializadas na extração ilegal de madeira, em propriedades privadas do Nortão. Investigações apontam que elas estariam concentradas principalmente em Cláudia (90 km de Sinop) e no vizinho município de União do Sul. Reportagem exibida no jornal Hoje, da Rede Globo, revelou que os crimes vem se intensificando desde 2006, e os produtos ilegais (toras - árvores derrubadas), "absorvidos" por pequenas madeireiras da região.
As atuações das quadrilhas foram monitoradas por três meses, com câmaras escondidas em árvores. Membros costumavam chegar nas áreas alvos e ficar o dia inteiro, abrindo caminho para os tratores e selecionando as árvores de maior valor comercial para extração. Em uma área em União do Sul, com tamanho estimado de 20 mil campos de futebol "a gente estima que em torno de 20 milhões, aproximadamente em madeiras tenham sido tiradas daqui. Tudo ilegamente", disse o gerente executivo do Ibama Sinop, Evandro Selva.
Com as câmeras escondidas, o objetivo também era descobrir para onde iriam as madeiras extraídas ilegalmente. Em Cláudia por exemplo, das 45 madeireiras, 9 recebiam o produto ilegal. E para que não fossem pegos em flagrante, os membros das quadrlihas se comunicavam por rário."Eles estão monotorando o Ibama e as autoridades, então, sabem o momento exato de sair da mata com a madeira", acrescentou Evandro. Um tratorista preso disse que recebia R$ 2 mil pelo trabalho de extração. Pelo menos 20 tratores e 15 caminhões já foram apreendidos.
Para o Ministério Público Estadual, mesmo diante da devastação, a punições pelos crimes ambietais são brandas perante a legislação. "Os danos ambientais, de modo geral, são tidos como crimes de menor potencial ofensivo. Se quer vão ser presos [infratores] ainda que apreendidos em flagrante", afirmou um representante do MPE, na reportagem.
Fonte: Só Notícias/Weverton Correa
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