sábado, 30 de julho de 2011

Manobras Políticas


José Riva     Para acalmar os ânimos entre os deputados federal Roberto Dorner (PP) e estadual Dilmar Dal Bosco (DEM), o presidente da Assembleia e da Comissão Provisória do PSD no Estado, deputado José Riva (PP), garante que o partido ainda não definiu se apoiará a campanha à reeleição do prefeito de Sinop, Juarez Costa (PMDB), e chega a ponderar que a legenda poderia lançar o democrata à prefeitura em 2012. "Não tem nada acertado sobre apoio a ninguém. Dependendo, o próprio Dilmar poderia ser o nosso candidato", ameniza.
     As declarações do presidente, no entanto, não se sustentam e revelam uma tentativa diplomática de evitar que o partido, ainda não criado oficialmente, já se envolva em disputas internas. O conflito entre o progressista e o democrata ocorreu justamente porque Dilmar não abre mão de apoiar a pré-candidatura do irmão, ex-deputado Dilceu Dal Bosco (DEM), à sucessão de Juarez.
     Desde que foi derrotado nas eleições do ano passado a vice-governador na chapa encabeçada pelo ex-prefeito de Cuiabá Wilson Santos (PSDB), Dilceu articula o projeto ao Executivo municipal. O sonho de comandar a cidade é, inclusive, o motivo pelo qual ele tem postergado a posse na presidência do DEM, cargo que deveria ocupar desde o final do ano passado.
     Riva, por sua vez, tem feito todo tipo de esforço para que o PSD nasça sem conflito interno. O presidente chegou a escolher a dedo quem estaria apto a ingressar no partido, evitando lideranças de grupos políticos divergentes de uma mesma cidade. No caso de Sinop, ele não precisou optar entre Dorner e Dilmar. O democrata anunciou nesta sexta (29), por meio de nota, que abria mão de ingressar no partido.
     No texto, Dilmar deixa claro que um dos motivos é "incompatibilidade ideológica com alguns membros do grupo", mas Riva garante que nunca houve qualquer embate. "Eu conversei com o Roberto (Dorner) e ele disse que nunca barrou o Dilmar", enfatiza, afirmando que a decisão partiu do próprio democrata sob influência do irmão. "A posição não é do PSD. O Dilmar decidiu a partir da conversa que teve com o Dilceu e com lideranças do partido dele", aponta o deputado.

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